quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Constatações #5


Ler outra notícia de suicídio em adolescentes/jovens é coisa para me arrepiar logo de madrugada. A pressão que às vezes se atira para cima daquelas mentes não tem explicação (a pressão que elas aceitam, também, mas isso é outro assunto ainda pior) e o problema é que muitas vezes a própria família, os próprios professores, a própria sociedade, não se apercebe disso e não tem a intenção primordial de os pressionar. Muitas vezes, as pessoas de fora têm a intenção de incentivar só. Só que, lá está, a pressão cria-se de forma manhosa, com vários sentidos e em vários sítios do corpo quando o esforço já é muito e o incentivo já se torna quase num: espero isto de ti. Às tantas todo o cérebro está contaminado de pressão e uma simples frase é vista como um ultimato. 
E depois é demasiado tarde, como o foi, para o caso da Amy Latham. Embora neste caso particular não se saiba se ela era pressionada por pessoas ou se ela própria se pressionava a si mesma, é sempre chocante. A distância entre aguentarem firmes, prosseguirem os objectivos escolares e desistirem de tudo é pouca. E isso é o mais assustador. Por isso é que cada vez mais se tem de ter muito cuidado com o que se incute aos jovens e com o que eles próprios aceitam como pressão. 
As pessoas podem pressionar-nos, mas nós é que aceitamos essa pressão. Temos sempre a escolha de não a aceitar e de seguirmos um rumo diferente. E são precisos cornos rijos para isso. 

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